Graduação EAD – EBWU Emil Brunner World University

Karl Marx e Imannuel Kant na Teologia da Libertação

R$1,900.00

Descrição

Introdução A teologia da libertação é uma corrente teológica que engloba diversas teologias cristãs desenvolvidas no terceiro mundo ou nas periferias pobres do primeiro mundo a partir dos anos 70 do século xx, baseadas na opção preferencial pelos pobres contra a pobreza e pela sua libertação. Desenvolveu-se inicialmente na américa latina. Estas teologias utilizam como ponto de partida de sua reflexão a situação de pobreza e exclusão social à luz da fé cristã. Esta situação é interpretada como produto de estruturas econômicas e sociais injustas, influenciada pela visão das ciências sociais, sobretudo a teoria da dependência na américa latina, que possui inspiração marxista.EmentárioMódulo 1 – Contextualização Histórica Ementa: Contexto histórico da Teologia da Libertação. O Evangelho Social, a Teologia da Esperança e a Teologia Antropo-política. O marxismo como base ideológica. Referências Básicas: Boff, L. Jesus Cristo Libertador. 18a edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. Dussel, E. Teologia da Libertação – Um panorama do seu desenvolvimento. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.Módulo 2 – Teologia da Libertação Africana Ementa: História do surgimento da Teologia Africana. Conceito de Teologia Africana. Fontes de Teologia Africana. As figuras-chave no sistema das crenças africanas. Língua e linguagem. Religião Tradicional Africana (RTA). Referências Básicas: CHALÁ, Catherine. Elementos indispensáveis da Teologia Afro-americana. In Antônio Aparecido da Silva e Sônia Querino dos Santos (orgs.). Teologia Afro-americana: Avanços, Desafios e Perspetivas. São Paulo: Centro Atabaque de Cultura Negra e Teologia, 2000. ELA, Jean-Marc. El Grito del Hombre Africano. Estella (Navarra): Verbo Divino, 1998. LOPES, Carlos. A África e sua Diáspora: Em busca de uma nova parceria. BAHIA GLOBAL. Salvador da Bahia: Edição histórica. Ano I, p. 9, julho de 2006. Módulo 3 – Teologia da Libertação Sul-Africana Ementa: Conceito histórico da Teologia da Libertação Sul-Africana. O Apartheid em perspectiva histórica. Religião do apartheid. A Teologia Negra. Referências Básicas: Gayraud S. Wilmore e James H. Cone, editores, Teologia Negra (São Paulo: Paulinas,1986), p. 522-4. T. F. Pettigrew, “Racism,” World Book Encyclopedia, 1986. Walvin, Slavery, p. 25-50 e D. B. Davis, “Slavery,” World Book Encyclopedia, edição de 1986. Módulo 4 – Teologia da Libertação Negra nos Estados Unidos Ementa: A teologia negra é um movimento teológico que surgiu entre os cristãos negros nos Estados Unidos da América na segunda metade da década dos 60. Ela se concentra na reflexão teológica sobre a luta dos negros norte americanos, liderados no princípio pelo pastor batista Martin Luther King, Jr., para conseguirem a justiça e libertação sociais, políticas e econômicas numa sociedade dominada pelos brancos. Ela se baseia na Bíblia e nas características singulares da experiência religiosa dos negros americanos. Ela encontra na Bíblia uma base para o sentido político da libertação, isto é, o êxodo do Egito. Iremos ver nesse módulo o Movimento dos Direitos Civis, a Religião Negra de Joseph Washington e o Movimento Poder Negro. Referências Básicas: A. BOESAK, Emergindo das selvas, p. 112. Sobre racismo e teologia negra cf. R. DEOTIS, Resposta criativa ao racismo…, p. 51-61. Pablo RICHARD, A teologia da libertação na nova conjuntura : temas e desafios para a década de noventa, Revista Eclesiástica Brasileira, v. 51, n. 203, p. 651-663, 1991. Gayraud S. Wilmore e James H. Cone, editores. Teologia Negra. (São Paulo: Paulinas,1986), p. 522-4. Módulo 5 – Teologia da Libertação na Ásia Ementa: Há muito tempo, missionários na Ásia tentou introduzir e desenvolver no cristianismo uma forma familiar na América, mas muito desagradável, no continente asiático. Eles geralmente encontraram mínimo sucesso. Nesse módulo iremos ver que alguns esforços recentes têm tentado compreender primeiro cultura oriental e sistemas de crenças. Com esta fundação, tem sido possível desenvolver uma comunicação mais profunda com os moradores lá que tem permitido a compreensão mútua. Isto permitiu uma maior eficácia no esforço missionário. A fim de entender a teologia asiática deve examinar distinções entre as culturas orientais e ocidentais. Referências Básicas: GH Anderson, ed, Vozes asiáticas em Teologia cristã. 1998. DJ Elwood, ed, Que cristãos asiáticos estão a pensar; 2001 Elwood DJ e EP Nakpil, eds, O Homem e do Santo; 1967. Kitamori K, Teologia da Dor de Deus; 1999. K Klostermaier, Hindus e cristãos no Vrindaban; 2003. Michalson C, Japoneses de Teologia cristã. 1997. Módulo 6 – Teologia da Libertação Síntese Ementa: Situação política, econômica e social do continente: Neste contexto nasce a Teologia da Libertação. A valorização do marxismo como instrumento de análise social: as ciências sociais. Mudanças no âmbito da Igreja Católica, possibilitaram o surgimento da Teologia da Libertação. O florescimento das Comunidades Eclesiais de Base. Referências Básicas: F. Castillo, Teologia de la liberación y teoria de la dependencia, in: Teología de la liberación y realidad chilena, CEDM, Rehuc, Santiago, 1989, p.17. G. Gutierrez, Théologie de ta Libération – Perspectives, Bruxelles, Lumen Vitae, 1974, pp. 276-77. Módulo 7 – A Teologia da Libertação e seu caráter histórico-político Ementa: Este módulo procura analisar o surgimento e o desenvolvimento da Teologia da Libertação, assim como a forma com que esta se infiltrou na sociedade, ou seja, através das Comunidades Eclesiásticas de Base. Nossa análise parte da leitura comparada da bibliografia histórica e teológica disponível sobre a temática e sobre os principais teóricos da libertação. Referências Básicas: BETTO, Frei. O que é Comunidade Eclesiástica de Base. São Paulo: Brasiliense, 1981. BOFF, Leonardo; REGIDOR, J.R.; BOFF, Clodivis. A Teologia da Libertação: balanço e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora Ática, 1996. C. Boff. Teologia e Prática, teologia do político e suas mediações. Petrópols, Vozes, 1978.; G. Guitiérrez, Teologia da Libertação. Petrópolis, Vozes, 1976. pp. 18 à 25; 32 à 45. GONÇALVES, Pe. Dr. Paulo Sérgio Lopes. Epistemologia e Método do Projeto Sistemático da teologia da Libertação. Petrópolis: Vozes, 2000. Módulo 8 – Teoria da Dependência e Marxismo Ementa: A necessidade de desenvolver uma interpretação de nossa realidade torna a trajetória do marxismo latino-americano desviante. Iremos analisar aqui nesse módulo o deslocamento que ocorreu no marxismo europeu do pós-guerra para os temas da filosofia e da crítica literária. Referências Básicas: J. C. Portantiero, O marxismo latino-americano, in: E. Hobsbawm (org.), História do marxismo. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1989, Vol. XI, pp. 333-354. L. Bordin, O marxismo e a Teologia da Libertação. Rio de Janeiro, Dois Pontos, 1987, pp. 68-71; 132-142. Módulo 9 – A Teologia da Libertação na conjuntura atual Ementa: Nesse módulo iremos ver que a queda do socialismo no Leste europeu, seguido de uma crise generalizada do marxismo, levaram a crer que também para a Teologia da Libertação pudesse ter chegado o princípio do fim. Aqui iremos mostrar a atual situação da Teoria da Libertação, e como ela é vista no momento. Referências Básicas: Marc H. ELLIS, Hacia una teologia judia de la liberación, San José, Editorial DEI, 1988. Módulo 10 – Aspectos messiânico-proféticos de Marx Ementa: Neste módulo a intenção é apontar para a íntima ligação existente entre o projeto marxista de emancipação e uma teoria secularizada da redenção. O aluno irá aprender sobre a natureza messiânica da discussão aqui empreendida (Introdução). Posteriormente, com ajuda de grandes intérpretes do legado marxiano, tais como Eric Fromm, Paul Tillich e Giorgio Agamben, o curso irá mostrar algumas afinidades eletivas entre o marxismo e o messianismo, a partir de uma breve exposição de obras pelas quais Karl Marx disserta sobre teologia e temas afins. Referências Básicas: DERRIDA, J. Spectres de Marx. Paris: Éditions Galilée, 1993. FROMM, E. O conceito marxista de homem. Trad. Octavio Velho. 6.ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975. GAGNEBIN, J. M. Teologia e messianismo no pensamento de W. Benjamin. Estudos Avançados, São Paulo, v. 13, n. 37, 1999. MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1993. Módulo 11 – Filosofia Kantiana Ementa: O filósofo Imannuel Kant, inaugurou uma nova forma de pensar ao rejeitar o dogmatismo e ceticismo, algo que revolucionou o pensamento filosófico conhecido até então. Nesse módulo, através do seu pensamento, iremos ver que o sujeito apenas pode conhecer os fenômenos, objetos da intuição empírica, pois, tudo o que não passar nessa verificação, é incognoscível. A razão especulativa falha em definir questões sobre a alma, Deus, liberdade e moral. Consequentemente, esses elementos serão abordados pela razão prática, visto que não é possível em outro campo. Referências Básicas: KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. São Paulo: Martin Claret, 2009. KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática. São Paulo: Martin Claret, 2003. DURANT, Will. A Filosofia de Immanuel Kant. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1965. Módulo 12 – Kant e a Teologia Ementa: A importância de Kant para o que chamamos de “modernidade”. Este módulo tenta responder, em suma, à seguinte pergunta: A filosofia de Kant representaria apenas mais uma etapa no incoercível caminho para o niilismo ou o ateísmo moderno? Autonomia como princípio – a nova fundamentação da moralidade em Kant. Referências Básicas: BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Brasília: UnB, 1997. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. GOMES, Alexandre. A moral e o direito em Kant. Belo Horizonte: Mandamentos. 2007. LEITE, Flamarion Tavares. Manual de filosofia geral e jurídica: das origens a Kant. 2. ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Forense, 2008. MOI, Fernanda de Paula Ferreira; OLIVEIRA, Bruno Gomes de. À paz perpétua de Kant: Paradigma para a construção de uma nova ordem jurídica internacional. Disponível em: PASCAL, G. Kant. Petrópolis: Vozes, 1985.
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